domingo, 12 de dezembro de 2010

Sebastião Pimenta - Dicas e dores de cabeça com o transporte da CERAMICA - MG

1-Escolha da Embalagem
Dicas de Embalagem e Transporte de Peças Cerâmicas
Veja abaixo as dicas do ceramista Sebastião Pimenta sobre embalagem.
Acredito que vários ceramistas já tiveram suas peças danificadas durante o transporte, independente de tamanho, temperatura de queima e até mesmo a distância. Devemos sempre nos lembrar da pergunta de nossos consumidores: “Cerâmica quebra??” – quebra sim! Quebra, trinca e não dá para reciclar, exceto para mosaico ou instalações. Quando vamos transportar cerâmica devemos tomar algumas medidas extras, coisas além de simplesmente colocar em um jornal ou plástico-bolha. Vão aqui algumas dicas e coisas que aprendemos com o tempo e infelizmente com alguns prejuízos.

Estado da caixa de papelão
1 - Escolha da embalagem
Devemos escolher uma caixa reforçada de madeira ou papelão, algumas pessoas fazem a opção por caixas de isopor que também são muito interessantes. O ideal é que a caixa de papelão tenha um engradado de madeira em volta de suas arestas e faces.
2 – Material para Embalar
Não economizar em plástico-bolha, usar bastante, proteger, as partes menores e mais frágeis com pedaços menores presos com fita adesiva. Acolchoar bem o fundo e laterais da caixa com jornal ou plástico bolha. Podem ser usados ainda, pedaços e isopor, espuma ou palha.

Conteúdo da caixa de papelão
3 – Sinalização
Escrever a palavra FRÁGIL em todas as faces da embalagem, preferencialmente com caneta vermelha ou usar adesivos e fitas já com esta indicação.
4 – Nota Fiscal Avulsa
Qualquer mercadoria deve transitar no território nacional com nota fiscal. Hoje está muito fácil tirar uma nota fiscal através do site da receita federal. Uma coisa interessante é que objetos para mostras, exposições e participação em feiras e eventos assim como objetos artesanais mesmo que para comercialização são isentos de impostos e taxas.

Por fim os cacos
5 – Declaração do Valor
Declare o valor real do objeto, pois em caso de extravio ou qualquer outro incidente você terá como recorrer.
6 – Escolha de Transportadora
Podemos fazer cotação de preço e condições de pagamento com transportadoras de nossa confiança. A própria transportadora faz a coleta e entrega do material em nosso atelier ou local indicado. Em nosso atelier temos usado com freqüência os serviços dos Correios, enviando via Sedex para dentro e fora do Brasil, todas as peças enviadas por nós chegaram inteiras em seu destino. O Correio também faz um seguro da mercadoria e em caso de uma eventual perda o seguro é pago imediatamente.
Estas dicas são simples de seguirem e evitam muita dor de cabeça. Porém ainda acontecem alguns incidentes, tomamos a iniciativa de alertar os amigos em relação a estes pontos após um infeliz acontecimento com duas de nossas peças.
Como é do conhecimento de vários, participamos do 3º Salão de Cerâmica de Curitiba, as peças retornaram no final do mês passado, chegaram a Belo Horizonte no dia 28 de outubro, desde então tenho dores de cabeça praticamente todos os dias! As fotos mostram bem o motivo. Podemos até brincar de “Jogo dos 7 erros”.
Onde esta a sinalização de FRÁGIL? A caixa está protegida e é resistente? Tem plástico-bolha suficiente embalando as peças? Estão acolchoadas para evitar choques? Ah… já estava esquecendo…o material saiu de Curitiba sem nota fiscal e o valor declarado foi ZERO!
Museu Alfredo Andersen e JEM Transportes se acusam mutuamente, ninguém tomou nenhuma providência em solucionar o caso. Entrei em contato com todos os participantes do Salão e recebi até o momento 30 respostas, dentre os e-mails mais interessantes encontrei mais dois casos de peças danificadas, uma caixa com engradado de madeira pisoteada e chutado (segundo a ceramista), peças faltando. O bom de tudo isso é que percebi a indignação e solidariedade de nossa classe.
Sebastião Pimenta
2- Material para embalar

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