segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Guia de Fornos Japoneses - Ceramica

Guia de Fornos Japonêses
Existem muitas variedades de forno, à lenha, a óleo, a gás natural, carvão, ou propano. O método de aquecimento influencia muita na cerâmica -e.g., para esmaltes naturais de cinza, ceramistas preferem o anagama à lenha (vêr foto abaixo), para produzir cinza em suspensão, que gruda nas peças, funde, e cria um esmalte natural de cinzas que nao pode ser conseguido com qualquer outro tipo de queima.
Aprender tudo o que há para saber sobre queima no forno é uma tarefa desanimadora, pois não existem duas queimas exatamente iguais. Mesmo os grandes mestres não podem controlar com perfeição seus fornos - existem muitas variáveis - quanto ar, quanta madeira, que combustível usar, quando usar, como controlar as temperaturas, a arrumação das peças no forno, como arrumamos as peças. O controle do ceramista é de no máximo 85% do processo, mas existem outros fatores alem do controle, como o clima, as condições da lenha, e a atmosfera do forno, que são deixadas para o kama no kami ou deus do forno.O tipos tradicionais de forno são explicados abaixo, seguido de uma curta história do forno no Japão.
Anagama - Forno com uma única câmara, ou um forno-túnel, vindo da Koreia para o Japão no século cinco; queima à lenha; favorito pelos ceramistas que preferem os esmaltes naturais de cinzas.
Noborigama - forno de encosta; queima à lenha; o mais usado no Japão desde o século 17; largamente preferido para peças esmaltadas pois ele dá consistencia e previsiblilidade às tiras do forno.
Renboshiki noborigama - Forno de encosta com várias camaras.
Makigama - forno à lenha
PEQUENA HISTÓRIA DO FORNO NO JAPÃO
Japão antigo:Antes do Anagama ser trazido da Koreia no século cinco, as queimas eram feitas em áreas cobertas. Eram construídas fogueiras ou cavados buracos. Já que a temperatura nunca excedia os 700 graus, as peças antigas japonêsas são tipicamente cerâmica de baixa - peças que eram muito solúveis na água. Os dois estilos associados com cerâmica antiga japonêsa são o Jomon e Yayoi. Durante esses tempos antigos, os tornos e os fornos não eram ainda utilizados.
Século Cinco:Introdução do Anagama e do torno. A introdução da cerâmica Sueki (Processada) no Japão vindo da Koreia no meio do século cinco marca a maior virada da cerâmica japonêsa.Sueki era queimada no calor amarelo, entre 1100 a 1200 graus centígrados, numa atmosfera redutora, e geralmente feita em torno. Os estilos Bizen, Shigaraki e Tamba originaram-se da tradição Sueki. A cerâmica Sueki era geralmente acinzentada pois o comum nessa epoca era introduzir excessivamente o combustível no finalzinho da queima, transformando a superfície dos potes totalmente acinzentadas. Essa tecnica é chamada Kaito em chinês.Século 17:Introdução do NoborigamaDurante muitos séculos o anagama continuaria a queimar a maravilhosa criatividade cerâmica japonesa. Mas no início do século 17, o anagama perde sua importancia e é substituido pelo noborigama (forno de várias câmaras)

Existem vários motivos para tal mudança. Primeiro, o noborigama aumentava a produtividade por ter mais câmaras - dez a vinte vezes mais potes podiam ser criados em uma queima comparado ao volume da capacidade do anagama. Segundo, para peças esmaltadas, o noborigama trazia um grande nível de consistencia e previsbilidade a produção, bem como economia em escala. Como estamos perto da era moderna, produção em massa vem dominar, e o anagama é mais ou menos abandonado.
Cena Atual:O anagama obteve um renascimento nas ultimas decadas graças, em parte, ao trabalho e esforço de Furutani Michio (1946-2000) e Yasuhisa Kouyama. Furutani (falecido) é considerado por muitos como Rei do Anagama no Japão moderno. Hoje existem centenas, talvez milhares, de ceramistas usando anagama no Japão. No ocidente o anagama fez um forte progresso(só chegou no ocidente nos ultimos 20 ou 30 anos), de modo que tornou-se parte do jargão de ceramistas Ocidentais.

tirado do blog: www.b2b-bc.com.br

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